Existe uma grande proximidade entre porcos e seres humanos, e com isso eles passam a ter um potencial de serem ótimos doadores de órgãos. Mas claro, nem tudo na ciência é tão fácil assim, não é apenas tirar um coração do animal e colocar em uma pessoa. Existem sim, várias complicações no caminho para que o transplante seja bem sucedido. A boa notícia, no entanto, é que os estudiosos estão fazendo grandes avanços para ultrapassar algumas dificuldades.

O PROCESSO

    O que está gerando problema é, a possibilidade de retrovírus endógenos suínos (PERVs) reanimar dentro do corpo receptor do órgão. Agora, graças aos estudos de George Church e seu laboratório na Universidade de Harvard, localizado nos EUA essa preocupação está acabando. O grupo que vem estudando essa possibilidade, usando essas técnicas de edição de genes para conseguir inativar 62 PERVs em embriões suínos. Os resultados foram publicado recentemente na revista Nature.

    Outra possibilidade que vem preocupando é a possível rejeição do órgão doado pelo sistema imunológico do corpo humano. Church infelizmente já enfrentou esse obstáculo, alterando mais de 20 genes que fabricam as proteínas que provoca irritação nas células do nosso sistema imunológico.

MICROPORCOS

    Pesquisadores na China também encontraram sucesso recente na edição de genomas suínos. Eles conseguiram combinar a técnica de edição genética com a transferência nuclear de células somáticas, esse método é utilizado para reparar mutações na criação de embriões multiparentais, sem nenhum efeito indesejável.

    Podemos dizer que, a noticia que mais nos impressiona é que geneticistas chineses estão criando “microporcos coloridos” para servir de animal de estimação. Sim, você não leu errado, é isso mesmo, porquinhos em miniatura, em razão de, à inativação de um “plágio” de seu gene receptor do hormônio de crescimento, que podem ser pedido em cores totalmente diferente do conhecido.

RETROVÍRUS

    Retrovírus não são anormais, eles coevoluíram como vários de seus anfitriões, combinando muitos rearranjos genéticos que trás inovações e adaptações fisiológicas importantes, um exemplo é a placenta. Genomas de primatas estão cheios de elementos que se acreditam serem originários dos retrovirais. Estes elementos, chamados de “Alu”, compõem aproximadamente 11% do genoma total dos primatas.

    Foi mostrado a pouco tempo que os porcos tem aproximadamente a mesma porcentagem do seu genoma a um elemento que é bem parecido com o mesmo que o Alu, estruturalmente e funcionalmente falando, o que recomenda uma relação muito, mais estreita entre suínos e seres humanos do que poderíamos imaginar.

    Um exemplo: foi apresentado há algum tempo, que existe sim receptores humanos para PERVs suínos. Entretanto, se PERVs tem a possibilidade de serem geneticamente inativados, então, não temos o porque nos preocupar em como fazer vacinas contra eles, algo que seria certamente muito importante. O passo seguinte de Chuch e sua empresa é começar a inserir embriões de suínos com genes notificados em porcas mães, o mais rápido possível.

Interessante, não é mesmo?